domingo, 19 de maio de 2013

SEI QUE PAREÇO UM LADRÃO... Poema de António Aleixo



Eu não tenho vistas largas
nem grande sabedoria,
mas dão-me as horas amargas
Lições de Filosofia.


Uma mosca sem valor
poisa c’o a mesma alegria
na careca de um doutor
como em qualquer porcaria.


Quem me vê dirá: não presta,
nem mesmo quando lhe fale,
porque ninguém traz na testa
o selo de quanto vale.


Sei que pareço um ladrão...
mas há muitos que eu conheço
que, sem parecer o que são,
são aquilo que eu pareço."

António Aleixo

sábado, 11 de maio de 2013

numa só lufada...


Ai! princesa das verdes histórias...
puxais o trovador que há em mim!
como um pranto em ardor,
carregado de esperança.
agarras-me com tuas mãos
e de fronte, pões me o dourado,
Amor.
Perante a verdade,
meu coração ferve em fulgor!
Oh vossa majestade!...
Rainha de toda a tempestade..
Fazei de mim vosso credor,
Atendei ao sonhador
Acolhei este poema,
de meu amor...





 - que nem a ti o posso dedicar, pois de onde vem, tem de ficar...





Soprai de leve oh vento,
levai este suspiro cantado,
pela falta de ar impulsionado...
seja no coração dos pássaros
transportado...

e no seu cantar emancipado,
Sorri-a cada biquinho determinado
e voe pela noite e trovoada
num relâmpago clara,
na restante noite, esperada...